• Surrealismo: Um salto no Vazio

    28 de setembro de 2024 a 16 de março de 2025.

Surrealismo
Um salto no vazio
Centenário do
Manifesto do Surrealista

 

Em 2024, evocam-se os 100 anos da publicação do Primeiro Manifesto do Surrealismo, de André Breton. Esta obra marca a teorização deste movimento revolucionário que, sendo artístico e literário, visa essencialmente a libertação da existência humana e a consequente transformação sociocultural do Mundo.
Nesta exposição, a Fundação Cupertino de Miranda, apresenta uma mostra singular que celebra este Centenário, com obras emblemáticas que retratam o espírito subversivo e a liberdade criativa que definem este movimento artístico como um dos mais vanguardistas do Século XX.
Está reunida uma vasta seleção de obras de arte e literárias, de artistas e autores portugueses e estrangeiros, cujas criações estão intimamente ligadas ao Surrealismo, desde os seus primórdios até à contemporaneidade.
Nesse mesmo ano, em 1924, aparece a primeira grande Revista de Grupo Surrealista La Révolution Surréaliste. Manifestos e Revistas foram dois dos instrumentos da intervenção surrealista, junto com as performances –chamaram-lhes agentes de ordem “Escândalos”, lembramos o caso do Orpheu –, e as práticas literárias e artísticas individuais e coletivas.
No âmbito das atividades dos surrealistas portugueses não podemos falar propriamente de revistas – tirando o caso dos três números da Pirâmide 1959/1960 dirigida por Carlos Loures e Máximo Lisboa, já que não prosperou a ideia do lançamento de uma nova variante dirigida por António Pedro –, mas sim de coleções ou obras coletivas diretamente relacionadas com elas como instrumento de manifestação das teorias e práticas do grupo, como Os Cadernos surrealistas de José Augusto França, a publicação Grifo do Grupo do Café Gelo, ou as duas coleções patentes nesta exposição: a série Antologia de inéditos de Autores Portugueses Contemporâneos – Unicórnio, Bicórneo, Tricórnio, Tretacórnio e Pentacórnio –, dirigida também por José-Augusto França, e a coleção Antologia em 1958 publicada por Mário Cesariny. Aqui encontramos mais de 90 nomes de artistas, de mais de 10 países, em cerca de 100 obras de arte e mais de 4 dezenas de documentos. Ao longo dos últimos 100 anos, o Surrealismo influenciou profundamente as artes visuais, a literatura, o cinema e até a filosofia, desafiando as convenções e explorando o inconsciente, o onírico e o absurdo.

Os Curadores
Marlene Oliveira, Perfecto Cuadrado e Miguel de Carvalho

A exposição estará patente ao público até dia 16 de março de 2025.